Lembro-me claramente da primeira vez que entrei numa sala de mastologia para cobrir uma reportagem especializada: senti aquele misto de ansiedade e respeito, vendo mulheres chegarem com dúvidas que iam além da própria saúde física — eram dúvidas sobre receios, família e futuro. Na minha jornada como jornalista que acompanha mastologia há mais de 10 anos, acompanhei consultas, círculos de pacientes, congressos e entrevistas com mastologistas de referência. Aprendi que informação clara pode transformar medo em ação.
Neste artigo você vai entender o que é mastologia, quando procurar um mastologista, quais exames existem, como reconhecer sinais de alerta, as principais opções de tratamento e onde buscar informação confiável. Vou trazer explicações simples, exemplos práticos que vivenciei em reportagens e referências de instituições de saúde para você checar tudo com segurança.
O que é mastologia?
A mastologia é a área da medicina dedicada ao estudo, diagnóstico e tratamento das doenças da mama. O profissional que se especializa nessa área é o mastologista.
Enquanto jornalista, acompanhei casos em que o papel do mastologista foi decisivo não só para tratar uma doença, mas para orientar a paciente sobre riscos, exames e escolhas de vida.
Por que a mastologia importa?
Você já se perguntou por que tanto se fala em mastologia quando o tema é mulher e saúde? A resposta é simples: a mama é um órgão com alta incidência de doenças que impactam profundamente a qualidade de vida.
- Prevenção e diagnóstico precoce reduzem internações e mortalidade.
- Tratamentos modernos preservam função e estética em muitos casos.
- Acompanhamento multidisciplinar (mastologista, radiologista, oncologista, psicólogo) melhora resultados físicos e emocionais.
Quem precisa consultar um mastologista?
Procure um mastologista se você:
- Encontrar um nódulo ou alteração ao tocar a mama.
- Notar alterações na pele, retração do mamilo ou secreção sanguinolenta.
- Tiver histórico familiar significativo de câncer de mama.
- Receber resultado alterado em exames de imagem como mamografia ou ultrassonografia.
Mesmo sem sintomas, mulheres dentro das faixas recomendadas para rastreamento devem consultar regularmente para orientações terapêuticas e exames de rotina.
Exames mais usados em mastologia — o que esperar
Em minhas reportagens, percebi que o desconhecimento sobre exames é uma das principais barreiras para o diagnóstico precoce. Aqui vai um guia prático:
Mamografia
É o exame padrão para rastreamento. Detecta calcificações e nódulos menores que não são palpáveis.
Segundo a Sociedade Brasileira de Mastologia, a indicação varia com idade e risco individual — confirme com seu médico.
Ultrassonografia de mama
Útil para complementar a mamografia, especialmente em mulheres com tecido mamário denso e em adolescentes.
Ressonância magnética
Indicada para casos selecionados: avaliação de extensão tumoral, paciente de alto risco ou quando outros exames ficam inconclusivos.
Punção e biópsia
Quando há suspeita, a biópsia é o exame que confirma ou afasta o diagnóstico de câncer. É um momento decisivo e, muitas vezes, cheio de ansiedade — vi pacientes encontrarem alívio ao obter um diagnóstico claro e um plano de tratamento.
Sinais de alerta que nunca devem ser ignorados
- Nódulo palpável na mama ou axila.
- Mudança no formato ou na pele da mama (inchaço, retração, aspecto “casca de laranja”).
- Secreção mamilar espontânea, especialmente se sanguinolenta.
- Dor persistente que não melhora com medidas simples.
Se sentir qualquer um desses sinais, marque uma consulta com um mastologista o quanto antes.
Tratamentos: o que mudou e o porquê das escolhas
O tratamento depende do diagnóstico e estágio da doença. Vi claramente, em hospitais e clínicas, como a abordagem multidisciplinar mudou prognósticos.
- Cirurgia (conservadora ou mastectomia): escolha baseada em extensão do tumor, genética e preferência da paciente.
- Radioterapia: frequentemente indicada após cirurgia conservadora.
- Quimioterapia e terapia-alvo: utilizadas quando há risco maior de disseminação ou por características moleculares do tumor.
- Terapia hormonal: para tumores hormonossensíveis.
O “porquê” por trás das decisões envolve fatores como tipo histológico, presença de receptores hormonais, e resultados de testes genéticos — e não há uma solução única para todos.
Prevenção e rastreamento: como agir no dia a dia
Prevenir nem sempre significa evitar 100% do risco, mas aumentar as chances de diagnóstico precoce e tratamento eficaz.
- Mamografia conforme recomendação médica.
- Autoexame orientado — útil para conhecer o próprio corpo, mas não substitui exames de imagem.
- Manter peso saudável, reduzir consumo de álcool e praticar atividade física regular.
- Conhecer histórico familiar e discutir possíveis testes genéticos quando indicado.
Mitos e verdades em mastologia
Há muita informação errada circulando. Vou desmentir rapidamente os mitos mais comuns que encontrei em entrevistas com pacientes:
- Mito: “Sementes, desodorantes ou sutiãs apertados causam câncer de mama.” Verdade: não há evidência científica robusta que comprove isso.
- Mito: “Se não há dor, está tudo bem.” Verdade: muitos nódulos iniciais não doem; dor não é critério de benignidade.
- Mito: “Autoexame é suficiente.” Verdade: é importante, mas não substitui mamografia ou avaliação médica.
Como escolher onde tratar? Perguntas que você deve fazer
Ao buscar um serviço de mastologia, pergunte:
- O serviço tem mastologista especializado e equipe multidisciplinar?
- Quais exames são realizados no próprio local?
- Como funciona o encaminhamento para oncologia ou cirurgia, se necessário?
- Há suporte psicológico e reabilitação pós-tratamento?
Onde buscar informação confiável
Fontes confiáveis que eu uso e recomendo:
- Instituto Nacional de Câncer (INCA): https://www.inca.gov.br
- Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM): https://www.mastologia.org.br
- Organização Mundial da Saúde (OMS/WHO) sobre câncer de mama: https://www.who.int/health-topics/breast-cancer
Consultando essas fontes você confirma dados e diretrizes atualizadas.
Minha experiência prática — exemplo real (sem nomes)
Em uma reportagem, acompanhei uma unidade que implantou um fluxo rápido para suspeitas mamárias: triagem por triagem por telefone, mamografia em 48 horas e biópsia na semana seguinte. O tempo de resposta curto reduziu a ansiedade das pacientes e aumentou a adesão ao tratamento. É um exemplo prático de como organização e foco no paciente fazem diferença.
Conclusão
Mastologia é cuidado técnico e humano. Diagnóstico precoce, acesso a mastologistas especializados e informação confiável salvam vidas. Conhecer sinais de alerta, seguir o rastreamento recomendado e buscar serviços organizados são ações práticas que você pode tomar hoje.
FAQ rápido
1. Quando devo fazer mamografia?
Depende da idade e do risco. Consulte um mastologista ou siga diretrizes nacionais; a mamografia é o principal exame de rastreamento.
2. O autoexame é suficiente?
Não. É útil para conhecer seu corpo, mas não substitui exames de imagem e avaliações médicas.
3. Todo nódulo é câncer?
Não. Muitos nódulos são benignos, mas qualquer nódulo deve ser avaliado por um especialista.
4. Preciso ter histórico familiar para ter câncer de mama?
Não necessariamente. A maioria dos casos não tem histórico familiar claro, embora a genética aumente o risco para algumas pessoas.
5. Onde procurar ajuda se eu não tiver plano de saúde?
Sistemas públicos de saúde e centros de referência em mastologia oferecem atendimento; verifique a rede pública do seu município e referências locais.
Termino com um conselho prático: anote quando sentir qualquer alteração, leve essas anotações na consulta e não hesite em pedir uma segunda opinião se algo não estiver claro.
E você, qual foi sua maior dificuldade com mastologia? Compartilhe sua experiência nos comentários abaixo!
Referências e leitura adicional: Instituto Nacional de Câncer (INCA) — https://www.inca.gov.br